quinta-feira, 31 de março de 2011

Petróleo atinge maior preço desde 2008 por conflito na Líbia

Folha.com - 31/03/2011-11h42

Petróleo atinge maior preço desde 2008 por conflito na Líbia

Os preços do barril de petróleo passaram a barreira dos US$ 106 na Bolsa de Nova York, com a evolução dos conflitos na Líbia, onde as tropas leais ao ditador Muammar Gaddafi tiveram sucesso em expulsar forças rebeldes de regiões estratégicas na porção oriental desse país.
Na Nymex, a cotação do barril do petróleo atingiu US$ 106,31 pela amanhã, em um avanço de US$ 2 sobre o fechamento de ontem. Trata-se do maior patamar desde setembro de 2008.
Em Londres, o valor do barril de petróleo tipo Brent avançou US$ 1,98, para US$ 116,93 nesta manhã.
Os investidores temem que a escalada dos conflitos no Oriente Médio e norte da África provoque interrupções no fornecimento da commodity.
Com agências internacionais.

Link do Monmitor IBP

Monitor IBP

Olá turma !

Bruno, adorei a sua idéia de criar o Blog! Nos facilitará muito para trocarmos informações. Sucesso ! Bjs, Natália

quarta-feira, 30 de março de 2011

Fotografias de Plataformas de Petróleo

Fotos de Plataformas de Petróleo Petrobrás

Pesquisa google com várias fotos fotos de Plataformas de Petróleo

30/mar/2011 - Petrobras diz que preço do petróleo deve subir, mas gasolina não

Petrobras diz que preço do petróleo deve subir, mas gasolina não

Importação de gasolina não terá impacto nos preços, diz diretor; Executivo espera que o fornecimento de álcool se normalize em abril

Da Redação do G1
30/mar/2011
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou nesta terça-feira (29) que a estatal não tem planos de elevar o preço da gasolina, mesmo em meio à incerteza e às perspectivas de aumento dos preços do petróleo em razão da crise política na Líbia.

“A política é não aumentar preço da gasolina e do diesel em função de alterações conjunturais. Só aumentamos quando percebemos que há uma mudança no estado das coisas", afirmou o executivo ao participar de evento em São Paulo. Barbassa vê tendência de alta nos preços do petróleo e diz que o preço mínimo do barril subiu por causa da tensão no Oriente Médio, e está entre US$ 80 e US$ 100 o barril.

Para o executivo, a cotação da commodity deve subir também em razão da crescente demanda dos países emergentes e das nações desenvolvidas, à medida que se recuperam da crise.
“A perspectiva que eu vejo para o petróleo é de preços ascendentes, e isso vai levar a produzir mais petróleo”, afirmou Barbassa.
Etanol
Ainda de acordo com Barbassa, os preços da gasolina no mercado doméstico não deverão ser influenciados pela importação de 1,5 milhão de barris de gasolina realizada pela estatal em março.

Segundo ele, a compra tem como objetivo apelas atender à demanda criada pelo aumento do preço do álcool. O diretor espera que o fornecimento de álcool se normalize com o início da safra, em abril.

Ainda de acordo com Barbassa, a Petrobras planeja recorrer ao mercado de dívida em euros ou libras para captar dinheiro, e pode agir neste sentido ainda este ano. O objetivo, segundo o executivo, é diversificar as fontes de financiamento da estatal, que já captou US$ 6 bilhões em títulos de dívida recentemente.

“Não voltaremos ao mercado de dólares, poderemos voltar a acessar o mercado em outras moedas”, afirmou

Conforme Barbassa, é possível que uma emissão de bônus aconteça ainda neste ano, quando a estatal planeja investir US$ 55 bilhões. De acordo com Barbassa, o mercado para essas moedas tem cerca de um terço do tamanho do mercado em dólares, o que equivaleria a uma captação aproximada de US$ 2 bilhões. "Mas o mercado pode nos surpreender".

O executivo disse também que a estatal prepara revisão de seu plano quinquenal de investimentos, que poderá ser apresentado em dois meses e vai incluir aportes na exploração de petróleo na área cedida pelo governo dentro da cessão onerosa de 5 bilhões de barris.

De acordo com ele, o plano da Petrobras de 2010 a 2014 prevê 680 projetos com investimento acima de US$ 25 milhões cada um.

Obama anuncia hoje novo plano para reduzir dependência de petróleo

Obama anuncia hoje novo plano para reduzir dependência de petróleo

Segundo o 'Wall Street Journal', Obama vai propor uma meta global para reduzir as importações de petróleo em um terço durante uma década

Estadão 30 de março de 2011
Clarissa Mangueira, da Agência Estado

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Barack Obama, que está sendo pressionado a responder ao aumento dos preços dos combustíveis no país, delineará nesta quarta-feira uma série de iniciativas para diminuir a dependência do país do petróleo estrangeiro. Obama vai propor também uma meta global para reduzir as importações de petróleo em um terço durante uma década, reportou o Wall Street Journal, citando fontes com conhecimento do assunto.
Segundo as fontes, metade da redução das importações de petróleo do país será feita por meio da diminuição do consumo e a outra metade, pelo aumento da oferta doméstica.
Como parte de seu esforço para reduzir a demanda do país por petróleo, o governo pretende propor a construção de novas refinarias de biocombustíveis para produção de etanol nos próximos dois anos, afirmaram as fontes. Não estão claros quais incentivos ou financiamentos o governo irá propor para a iniciativa. A Casa Branca também deverá oferecer novos subsídios para governos ou empresas para aquisição de veículos movidos a gás natural para as suas frotas.
A mais recente ofensiva de Obama sobre a política energética ocorre num momento no qual os congressistas republicanos intensificam as críticas ao governo por não permitir uma maior extração de petróleo e gás nos EUA. Ontem, os republicanos disseram que vão introduzir uma legislação que obriga o governo norte-americano a vender mais concessões offshore de petróleo e a emitir licenças de perfuração dentro de um prazo definido.
O governo procurou ontem chamar a atenção das companhias de petróleo, ao apresentar um relatório do Departamento do Interior que disse que mais de dois terços das concessões de petróleo offshore no Golfo do México e mais da metade das concessões em terras federais não estão sendo utilizadas.
Obama também levantou a questão das concessões que não são utilizadas numa entrevista coletiva que fez em março, e o seu plano orçamentário de 2012 incluiu a criação de uma tarifa extra sobre as companhias de petróleo que detêm concessões paradas. Essa proposta precisará da aprovação do Congresso, no entanto.
O plano que será anunciado hoje por Obama incluirá ainda "iniciativas novas e melhores" para desenvolver essas áreas, de acordo com uma fonte.
A temperatura sobre política energética está aumentando nos EUA, junto com o preço da gasolina e do diesel nos postos, em um ritual que se tornou conhecido em Washington desde os choques do preço do petróleo em meados da década de 1970. "Nós temos tido essa conversa há quase quatro décadas", disse Obama durante uma coletiva de imprensa no dia 11 de março. "Todos os anos, os preços da gasolina sobem, os políticos puxam a mesma velha cartilha política e depois não muda nada."
A Casa Branca irá lançar o novo trabalho, uma combinação de novas ideias e iniciativas anunciadas anteriormente, como um esforço para lidar com o desafio energético do país no longo prazo e não apenas direcionado à alta dos preços da gasolina no momento.
O debate que está sendo conduzido agora está baseado nas reclamações dos consumidores sobre os preços da gasolina que subiram quase 15%, em média, desde 7 de fevereiro, de acordo com o Departamento de Energia. Em algumas partes do país, incluindo o sul da Califórnia, os preços da gasolina atingiram US$ 4 por galão - o maior nível desde o aumento dos preços do combustível em 2008.
Obama deverá reiterar a proposta incluída no seu discurso do Estado da União, de que os EUA adotarão um padrão de energia limpa que exigirá que 80% da eletricidade seja gerada a partir de fontes de energia limpa até 2035. O governo definiu a "energia limpa" como a energia nuclear, gás natural e carvão limpo, bem como fontes renováveis, como energia eólica e solar. As informações da Dow Jones.

terça-feira, 29 de março de 2011

A Depleção do Petróleo (1997)

A Depleção do Petróleo

Um excelente artigo

Annual Energy Outlook 2010

Annual Energy Outlook

Link para pesquisa

LEI Nº 9.478, DE 06 DE AGOSTO DE 1997

Lei 9478 em pdf

Link com a lei 9478 em formato PDF

A produção petrolífera nas areias betuminosas do Canadá subiu 14% em 2009

A produção petrolífera nas areias betuminosas do Canadá subiu 14% em 2009
Por Redação
Fonte: Valor Online / The Wall Street Journal
Data: 09/06/2010 09:46
A produção petrolífera nas areias betuminosas do Canadá subiu 14% em 2009, para 1,5 milhão de barris diários, segundo relatório da associação do setor petrolífero local. A produção subiu porque algumas empresas aproveitaram os custos menores durante a crise para concluir seus projetos


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O consórcio Perú LNG inaugura amanhã uma usina de liquefação de gás de US$ 4 bilhões, o maior investimento da história do país, que lhe permitirá exportar o gás das jazidas de Camisea ao ritmo de 4,4 milhões de toneladas por ano. O consórcio é formado pela americana Hunt Oil, pela sul-coreana SK Group, pela Repsol YPF e a japonesa Marubeni Corp.

Extração de areia betuminosa nos EUA

22/03/2011 às 11:32

Meio ambiente

Extração de areia betuminosa nos EUA

Reprodução
Região norte de Alberta no Canadá, onde existe uma grande jazida de alcatrão
Região norte de Alberta no Canadá, onde existe uma grande jazida de alcatrão
A imagem é da região norte de Alberta no Canadá, onde existe uma grande
jazida de areia de alcatrão. Essa areia possui uma forma grossa e pegajosa de
betume e, portanto rica em petróleo e sua extração, totalmente a céu aberto, tem
provocado um desastre ambiental sem precedentes. No Estado de UTAH – USA,
também existe uma grande área com a mesma formação e igualmente rica em
petróleo.
A grande preocupação dos norte-americanos reside no fato de antever que
aquele Estado, após iniciar o processo de extração, deverá ficar com as mesmas
características da região de Alberta.
Em setembro de 2010, a Divisão de Petróleo, Gás e Mineração do Estado de
UTAH - USA, deu a aprovação para que a empresa canadense Earth Energy
Resources, iniciasse em grande escala a extração da areia de alcatrão.
As areias de alcatrão canadense representam praticamente a metade da produção
de petróleo daquele país. É uma forma grossa e pegajosa de petróleo chamado
betume que representa cerca da metade da produção de petróleo do Canadá.
É voz corrente que a forma de extração das areias de alcatrão desenvolvidas
no Canadá têm uma péssima reputação, pois está entre as mais prejudiciais do
planeta.
A ong Environmental Defence considerou a extração das areias como "o projeto
mais destrutivo da terra". Tanto pela triplicação de emissões de gases pelo uso
do combustível fóssil, como também e principalmente, por deixar para trás um
rastro tóxico de lagos. Segundo o National Geographic, o processo de escavar
e cozinhar a areia betuminosa para obter um barril de óleo cru requer a emissão
de até três vezes mais dióxido de carbono que o bombeamento de um barril num
poço na Arábia Saudita. Apesar da areia betuminosa ainda contribuir com menos
de 1% das emissões mundiais de CO2, os ambientalistas informam que esse é
apenas o primeiro passo.
O National Geographic ainda afirma que não há outro lugar no planeta com tanta
movimentação de terras quanto a bacia do rio Athabasca em Alberta no Canadá.
Para se obter um único barril de petróleo da areia betuminosa, cuja lavra é a
céu aberto, é necessário primeiro desmatar o terreno, retirando a floresta boreal
que cobre mais de 1/3 do Canadá. Em seguida, são removidas em média duas
toneladas de turfa e de terras que cobrem a camada das “areias de alcatrão” para
em seguida retirar também em média, duas toneladas dessa areia.
Para separar o betume da areia, é necessário aquecer vários barris de água para
seu refino. Esse processo além de gastar muita energia com uso da água porque
o betume não flui como nas formas mais leves de petróleo, deixa-a contaminada.
Em conseqüência disso, essa água é lançada em imensos tanques, verdadeiros
lagos que cobrem uma área de 130 km2.
Têm-se notícias que no ano passado, cerca de 500 patos selvagens que voavam
para sua migração anual confundiram o lago Mildred com essas lagoas, pousando
nas superfícies viscosas morrendo em seguida, porque ficaram presos nelas. Esse
fato atraiu a atenção mundial inclusive do Green Peace.
É uma atitude devastadora e sem precedentes, as comunidades locais,
particularmente os primeiros habitantes daquela região, estão sendo deslocados
para outras áreas e cujas vidas estão sendo simplesmente destruídas. Além disso,
essa atividade está interferindo no ciclo natural de migração das aves e de outras
espécies animais que dependem do ecossistema da floresta boreal.
Desde de que começou (década de 70), essa atividade de extração já devastou
uma área equivalente ao Estado da Flórida (170.400km2).
As areias betuminosas do Canadá são responsáveis pela maior fontes de petróleo
bruto que os Estados Unidos importam. O Estado Americano de Utah tem cerca
de 93% das areias de alcatrão de todas a reserva dos Estados Unidos e que
tem quatro refinarias que processa cerca de 5 milhões de barris de petróleo por
ano oriundo das areias betuminosas canadenses. Estudos efetuados pela Earth
Energy Resourves estimam que Utah tem capacidade para processar 2.000 barris
de betume de petróleo bruto por dia, 350 dias por ano em até sete anos, até o
esgotamento de suas reservas.
Se a Earth Energy Resources conseguir 35 milhões de dólares para começar a
mineração, uma coisa é certa a população local e de todo país que é contrária a
essa atividade, vai estar presente para cumprimenta-los. A luz verde já está acesa
e os residentes locais, as organizações e editoriais de jornais estão manifestando
sua oposição ante a perspectiva do início das operações de areias betuminosas
nas terras dos Estados Unidos.

Areias betuminosas do Canadá têm mais petróleo que a Arábia Saudita

Areias betuminosas do Canadá têm mais petróleo que a Arábia Saudita

25/05/2007

As areias canadenses contêm 174 bilhões de barris de petróleo que podem ser utilizados lucrativamente e outros 141 bilhões que poderão ser explorados se os custos baixarem.
Estas áreas estão atraindo muitos investimentos de gigantes do petróleo, como a Shell, a Exxon Mobil e a Total, mas também geram polêmica.
Até pouco tempo, as companhias de petróleo evitavam as areias betuminosas devido ao elevado custo da exploração. O processo de produção de óleo consome muita energia e cada barril acaba com o custo operacional elevado, entre US$ 18 a US$ 23.
Analistas to Citibank acham que o preço do barril de petróleo deve permanecer acima de US$ 40 para que o desenvolvimento das areias betuminosas seja vantajoso.

Valor Online - Plano de investimentos da Petrobras deve prever barril acima de US$ 80

Plano de investimentos da Petrobras deve prever barril acima de US$ 80
28/03/2011 (Valor Online) - Juliana Esteves

RIO - O novo plano de negócios da Petrobras, com previsão de ser divulgado em maio, já deverá levar em conta o preço do barril de petróleo acima de US$ 80, que é o patamar em vigência atualmente na companhia e serve como base para a projeção das necessidades de captação de recursos para cobrir os investimentos previstos.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, que participou de seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), afirmou que, se houver uma continuidade de sustentação do preço nos níveis que estão hoje, a companhia vai rever o plano de negócios.

"O nosso plano de negócios divulgado no ano passado (2010-2014) levava em consideração um barril de petróleo em torno de US$ 80. Hoje, ele está muito mais do que isso. Se o novo plano tiver sustentação para trabalhar com um valor mais elevado do que US$ 80, é mais caixa para a companhia", disse.

Ele disse, no entanto, que apesar da avaliação em curso, não sabe ainda se será possível definir um novo patamar de preços para o barril até maio. De qualquer forma, se não for possível sustentar uma hipótese de preços mais elevados agora, será possível no futuro. Então, o plano já deverá levar em conta uma média superior de preços para os próximos anos.

Apesar da expectativa de redução de necessidade de captação de recursos a partir da elevação dos preços do petróleo, o diretor da Petrobras lembrou que o plano de negócios anterior não levava em consideração a cessão onerosa do governo, que dá à Petrobras a possibilidade de explorar mais 5 bilhões de barris de petróleo, o que elevaria a necessidade de investimentos e, consequentemente, de captação da empresa.

"Hoje a expectativa geral é que o barril não será mais US$ 80, será mais de US$ 80. O novo plano da Petrobras (2011-2015) vai trazer uma revisão, provavelmente, acima dos US$ 80", disse

Agência Estado - Chile vê preço do petróleo como risco à economia global

Chile vê preço do petróleo como risco à economia global

26 de março de 2011 | 18h 30


AE - Agencia Estado
CALGARY, CANADÁ - Os preços de petróleo, em alta em meio aos distúrbios no mundo árabe, são a maior ameaça para a recuperação econômica mundial, afirmou hoje o ministro das Finanças do Chile, Felipe Larraín.

Em entrevista no intervalo de um encontro do Banco de Desenvolvimento Interamericano, em Calgary, no Canadá, Larraín disse que entre as várias ameaças à economia global, como os crescentes preços dos alimentos e os efeitos do terremoto e tsunami no Japão, os altos preços de petróleo são um "sério retrocesso" para o crescimento global.
A preocupação em torno dos preços do petróleo e com a situação desafiadora em nível internacional, em momento de crise na Líbia e protestos em outros países, levou o governo chileno a cortar os gastos públicos, mesmo que não tenha um déficit e a economia tenha crescimento previsto de 6% para este ano, disse Larraín. Segundo o ministro, não há agora previsão para mais cortes no orçamento do país sul-americano este ano. As informações são da Dow Jones.

Motitor Mercantil: Preço do petróleo altera planos da Petrobras

28/03/2011 - 21:03
Preço do petróleo altera planos da Petrobras

A recente disparada no preço do petróleo deve influenciar o novo plano de negócios da Petrobras, previsto para ser divulgado em maio. O diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, revelou nesta segunda-feira que "provavelmente" levará em conta uma cotação do barril de petróleo acima de US$ 80 para o período 2011/2015.

Ao falar sobre os Desafio e Oportunidades da Petrobras. em palestra do Instituto Brasileiro de Executivos de Finança (Ibef-RJ), Barbassa disse que a estatal possui o maior plano de investimentos de uma empresa no mundo, e que este plano é atualmente, 95% brasileiro. São 680 projetos que devem demorar até cinco anos para serem concluídos.

Parâmetro

Segundo Barbassa, a cifra de US$ 80 foi utilizada como parâmetro para o último plano, que previu investimentos de US$ 224 bilhões entre 2010 e 2014. Em meio a preços mais elevados do petróleo no mercado internacional, o executivo conta que o planejamento estratégico precisa avaliar esse novo cenário.
O ponto-chave é verificar se a trajetória de preços tende a se sustentar em alta. "Hoje a expectativa geral é que estes US$ 80 não serão mais US$ 80. Deverá ser mais do que US$ 80. O quanto mais eu não sei", disse o executivo.
Na semana passada, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, já havia sinalizado a intenção de revisar para cima o valor médio do barril. Mas nenhum dos dois executivos adiantou qual a cifra que será usada como referência para o plano 2011/2015. Barbassa pondera que o aumento de preço pode não se sustentar, mas voltar a subir daqui a dois ou três anos. "Assim, você precisa trabalhar com uma média (de preço do barril) superior", afirma.
O executivo ressalta ainda que o caixa da companhia será beneficiado caso o valor do petróleo a ser adotado no novo plano suba. Ele argumenta, entretanto, que o último planejamento estratégico não levava em conta a cessão onerosa, que dá a Petrobras a possibilidade de explorar mais de 5 milhões de barris de petróleo.

Petróleo acima dos 110 dólares até final do ano

Crude    - Económico (Portugal)

Petróleo acima dos 110 dólares até final do ano

Tiago Figueiredo da Silva
28/03/11 09:10

BarCap subiu previsões para o preço da matéria-prima. Em 2020, a estimativa é de 184 dólares.
A corrida pelo "ouro negro" continua e vai manter-se até ao final do ano. A situação explosiva na Líbia tem sido um dos principais motores que tem catalisado a subida dos preços do petróleo e, paralelamente, a razão pela qual muitas casas de investimento têm mexido nas suas previsões. A mais recente foi feita pelo Barclays Capital.
Na nota de análise emitida na sexta-feira sobre a matéria-prima,o banco de investimento britânico reviu em alta as suas estimativas para este ano dos preços médios do "ouro negro". Para o ‘brent', petróleo de referência para as exportações europeias, o BarCap prevê agora que termine o ano a valer 112 dólares o barril, acima dos 91 dólares estimados em Dezembro passado. No caso do crude negociado em Nova Iorque, o WTI, a expectativa é a de que feche 2011 a um preço médio de 106 dólares o barril, um valor igualmente superior aos anteriores 91 dólares. O banco de investimento lança, pela primeira vez, os dados para os próximos nove anos. Segundo os cálculos do BarCap, em 2020 o ‘brent' deverá cotar num preço médio de 184 dólares o barril e o WTI nos 185 dólares. "Revimos as nossas previsões de modo a reflectir o efeito dos desenvolvidos fundamentais e geopolíticos registados este ano e, sobretudo, verificados nos últimos dez dias", justifica a equipa de analistas do BarCap.

Preços de Petróleo: O terceiro Choque? (José Israel Vargas e Carlos Feu Alvim)

Preços de Petróleo: O terceiro Choque?

José Israel Vargas
jivargas@abc.org.br
Carlos Feu Alvim
feu@ecen.com

O mundo viveu, nos últimos trinta anos do século passado, dois choques no preço do petróleo: O primeiro em 1973, desencadeado pela Guerra do Yom Kippur quando os produtores árabes resolveram suspender as exportações aos EUA como punição pelo apoio do Ocidente a Israel naquela guerra. O segundo choque foi resultado de uma ação, liderada pela Arábia Saudita, visando elevar o preço alvo do petróleo que se somou ao agravamento da conjuntura internacional pela ocorrência concomitante da revolução fundamentalista no Iran naquele ano.

O preço do barril de petróleo, expresso em dólar de 2003, atingiu a 42 US$ em 1973 e chegou a 80 US$ o barril em 1979, expressos em dólares de 2003. Em Outubro de 2004 o petróleo atingira 48 US$/barril, retomando níveis próximos aos do primeiro choque.
Figura 1: Preços Internacionais de Petróleo em dólar corrente e em dólar de 2003.

Como em 1973 e 1979, atribui-se a elevação brusca do preço às motivações políticas vinculadas à prevalência de crises como a guerra no Iraque, as tensões em relação ao Irã e as incertezas na Venezuela e Rússia.

Alguns especialistas em preços chamam a atenção, no entanto, para uma tendência sistêmica que alimentaria a elevação do preço, vigente antes mesmo da Guerra do Iraque, como pode ser notado na Figura 2 (detalhe da Figura 1) a indicar que dificilmente os preços do petróleo retornariam nos níveis aos níveis de 1998 (em torno de 15 US$(2003) / barril), ou mesmo ao de 1994 (20 US$(2003) / barril). Assim, estes especialistas apostam em uma futura estabilização do preço do barril entre 30 e US$ 40.
Figura 2: Tendência crescente do preço do petróleo entre 1994 e 2002.

Na e&e 45 foi[i] relatada, como exemplo, a projeção realizada por C. Marchetti (1984)[ii] da participação relativa das diversas fontes primárias de energia no mercado (Figura 3).

Passados 20 anos da previsão, torna-se viável avaliar sua qualidade. Para isto, compara-se (também na Figura 3) a referida projeção com a participação real das fontes de energia no mercado mundial.
Figura 3: Projeções de C. Marchetti (1984) (no topo) comparadas com a evolução real da participação das fontes energéticas (abaixo) (IEA)[iii]

Da comparação surgem alguns fatos interessantes: A participação do petróleo - que havia sido deprimida com os choques de preços de 1973 e 1979 - voltou à trajetória prevista depois do “choque frio” nos preços de petróleo de 1986. É significativo que, quando o consumo ultrapassou (nestes últimos anos) a trajetória “natural” projetada, uma nova elevação do preço de petróleo ocorreu.

Quanto à energia nuclear, cuja penetração inicial ultrapassou em muito o ritmo observado e antecipado para outras energias primárias, torna-se aparente que essa fonte estaria retornando à trajetória inicialmente prevista pelo modelo e, provavelmente, voltará a ter sua participação acrescida. Deve-se recordar, porém que a penetração nuclear no mercado do terceiro mundo foi fortemente inibida pela adoção de políticas alimentadas pela crescente preocupação com a proliferação de armas nucleares que a expansão desta forma de energia poderia propiciar. De outra parte, sua participação na geração de eletricidade já deve ter atingido o ponto de saturação em alguns países, como a França.

As surpresas maiores na presente comparação referem-se às participações do gás natural e do carvão. Para o primeiro, a frustração das expectativas deve-se, provavelmente a limitações típicas desse combustível: a pouca uniformidade de sua distribuição geográfica acrescida da dificuldade de seu transporte a grandes distâncias. Com efeito, as reservas da América do Norte representam apenas 4,2% da reserva global. Sendo responsável por 28% do consumo de energia primária mundial, uma inibição do uso, nessa região, de gás natural limita significativamente sua participação no total mundial. Dificuldades de transporte e provavelmente políticas (em que pese a aproximação EUA/Rússia) fazem que não exista ainda ligação entre a Sibéria e o Alasca, que provavelmente poderia aproveitar parte da infra-estruttura já existente ligando o Alasca ao restante do território americano, através do Canadá. Por outro lado, o transporte criogênico, que faria expandir o consumo de fato, não se viabilizou economicamente.

Pode-se cogitar que o limite superior de participação do gás natural (de difícil projeção na metodologia usada por C. Marchetti no início do processo de competição) não estaria exagerado naquele trabalho. De fato, o valor máximo de participação considerado (~58%) ultrapassaria, inclusive, o máximo alcançado pelo petróleo que, segundo o modelo, já estaria entrando em sua fase declinante em termos de participação no consumo global. Com efeito, nos países onde existe boa disponibilidade de gás ainda não existe uma generalização de seu uso como combustível para o transporte em virtude de sua limitada portabilidade. Por esta razão, o transporte, em 2001, era responsável por 57 % do consumo de petróleo no mundo, já o uso do gás natural no transporte absorvia apenas a 4,8% de seu uso, segundo a Agência Internacional de Energia.

O total de participação dos energéticos, mostrado na Figura 3 é, por definição, de 100% e uma penetração do gás natural menor do que a prevista tem que ser compensada por maior participação de outra fonte. Como as demais fontes aproximam-se da participação prevista por C. Marchetti, a sustentação da participação do carvão no final do século (ao contrário da perda prevista) é o fato complementar à expansão do uso do gás natural em ritmo inferior ao esperado. Deve-se assinalar que os comportamentos do carvão e do gás natural, observados nos últimos vinte anos, já se anunciavam na ocasião da publicação do artigo (1985). Certamente, os desvios foram interpretados (e ainda é possível que o sejam) como oscilações em torno da tendência histórica, como manifestação das alegadas propriedades homeostáticas do “sistema” energia (ver artigo de J.I. Vargas anteriormente citado)

Pode-se assim compreender a resistência corrente dos EUA aos dispositivos do Protocolo de Quioto, em face das dificuldades da economia americana para abastecer-se de gás natural que proporciona sensíveis ganhos na emissão de CO2, quando substituindo o carvão mineral.

Conclui-se que a elevação nos preços do petróleo encontra justificativa na retomada de sua participação na matriz energética mundial que foi reconduzida à trajetória observada anteriormente aos choques de 1973 e 1979. Mesmo com o desaparecimento das tensões políticas que exacerbam os atuais preços, não se deve esperar que ele retorne ao nível de 20 US$/barril observado em boa parte da década de noventa.



Referências:

[i] Vargas, J. I., “A Prospectiva Tecnológica: Previsão com um Simples Modelo Matemático”. Economia e Energia No. 45, agosto-setembro 2004.

[ii] Marchetti, C., 1985 “Nuclear Plants and Nuclear Niches: On the Generation of Nuclear Energy during the Last Twenty Years”, Nuclear Science and Engineering, 90:521--526

[iii] IAE - Agência Internacional de Energia http://www.iea.org

Petróleo não pressiona inflação

Petróleo não pressiona inflação

Alberto Tamer
O Estado de S. Paulo - 24/03/2011
Essa é a conclusão da OCDE em projeções feitas sobre os efeitos do aumento dos preços do petróleo na inflação mundial, hoje oscilando em torno de 2,5%. O maior índice é da China, 5%. O estudo (oecd.org) leva em conta um preço de até US$150 neste ano e no próximo. Isso confirma projeções do Fed, banco central americano, para o qual as pressões inflacionárias não vêm do petróleo, mas se opõem a previsões pessimistas da maioria dos analistas e institutos de pesquisas.
Para a OCDE, com uma alta de US$ 25 dólares no preço do barril de petróleo, o PIB mundial poderia recuar 0,5% no próximo ano, e a inflação apenas 0,75%. Não é algo para se assustar mesmo porque o comércio internacional voltou a crescer e as tensões cambiais provocadas pela China estão sendo absorvidas. Resta a crise do yen japonês, mas os bancos centrais injetaram mais de US$ 25 bilhões na última semana para conter a sua desvalorização.
"Considerando o baixo nível atual de inflação e tendo em vista as expectativas, não deve ser preciso nenhuma ação monetária para reagir a alta dos preços (do petróleo)" afirma o estudo da OCDE.
Mas a alta do petróleo não irá influenciar os preços já elevados das demais commodities? Aqui, também aqui, a OCDE tem uma atitude conservadora. "A energia representa 33% do custo da produção de grãos (desde o plantio até o consumidor final)," diz o estudo. Mas não é essa a causa dos preços atuais das commodities. Os fatores decisivos são o aumento da demanda, principalmente dos países emergentes, e a queda de safras, agora também na China.
Petrobras acalma. O presidente da empresa, José Sérgio Gabrielle, não se cansa de dizer que não vai reajustar os preços dos derivados por causa da alta cotação do petróleo. Não será isso que irá pressionar a inflação no Brasil. Não se sabe se o Brent, referência do mercado, ficará estável na faixa de US$ 110 e US$115. "Tanto a crise no Norte da África quanto o acidente no Japão são elementos de curto prazo,"afirmou ele. Gabrielli não fecha a porta para eventuais aumentos dos derivados, mas nos níveis atuais isso não é preciso.
A empresa produziu no País 2 milhões de b/d a um custo médio de US$ 12 o barril, e 250 milhões b/d no exterior, com a produção de novos poços na Nigéria. Importa petróleo leve e derivados, mas, devido mesmo aos preços internacionais, que interna no país, a Petrobras é uma empresa altamente rentável. Ganha muito e, agora, após tantos anos, está investindo muito no pré-sal.
Um temor novo. O clima no mercado do petróleo era de cautela, com apenas 50% das operações normais e os preços chegando ao nível mais alto dos dois últimos anos e meio. Entre US$ 105 o leve e US$ 115 o Brent. Havia uma nova preocupação com o prolongamento da intervenção militar na Líbia. Não é mais a queda da produção de petróleo, mas a possibilidade de Kadafi danificar as instalações de petróleo das empresas principalmente europeias no país, incendiar poços e destruir portos.
Saddam Hussein incendiou os campos do Irã, nas duas guerras, e do Kuwait. Kadafi não é diferente. Se mostra cada vez mais furioso, e para punir seu povo e o Ocidente, pode cumprir a ameaça de por fogo no Mediterrâneo. Essa uma razão para que se intensifiquem os bombardeios e se inicie uma operação terrestre. A outra, é impedir que seus tanques e canhões continuem bombardeando civis nas cidades rebeldes, como vêm fazendo deste o inicio da crise.
Agora, o euro. O Brasil tem condições para conviver com as repercussões da tragédia no Japão e uma nova alta do preço do petróleo. Está preparado também para as novas tensões financeiras na Eurozona, agora em Portugal. Tem sido até mesmo beneficiado com o aumento de investimentos externos, que nos dois primeiros meses do ano superaram todo 2010. Tem um mercado interno que o sustenta e um sistema financeiro saudável. Desta vez, sim, as ondas de fora podem se transformar apenas em marolas. É só fazer o que já se vinha fazendo. Investir em produção e cuidar da inflação que preocupa, mas ainda não assusta.

The Economist vê um novo choque do petróleo, mas a custo menor