sexta-feira, 30 de março de 2012

  
Agência Estado,quinta-feira, 29 de março de 2012 19:13


Apesar da recente alta dos preços do petróleo no mercado internacional, o Banco Central manteve a previsão de que os preços da gasolina não devem subir nos postos brasileiros em 2012. Mais do que isso, a instituição responsável por manter o poder de compra da moeda avalia que o combustível já é, no atual preço, 50% mais caro do que nos Estados Unidos.

"Se fala muito em divergência de preço da gasolina no Brasil e no resto do mundo. Mas se levarmos em conta que um galão de gasolina custa em torno de US$ 4 nos EUA e que o preço do litro está em torno de R$ 2,70 e R$ 2,80 no Brasil, o galão no Brasil custaria cerca de US$ 6. Ou seja, cerca de 50% mais caro que nos Estados Unidos", argumentou ontem o diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo.

A expectativa de preços estáveis nos combustíveis tem perdido força. No domingo, em entrevista ao jornal O estado de S. Paulo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou que a presidente da Petrobras, Graça Foster, já pediu ao governo autorização para aumentar a gasolina e o governo, que negava quase automaticamente o pedido, diz agora que está "analisando a questão". Nos últimos anos, o governo segurou diversas vezes o preço nas bombas para ajudar o BC no combate à inflação.

Ainda na lista de preocupações com o petróleo, Hamilton disse que a recente alta dos preços da commodity compõe um "um risco importante" e pode até colocar em risco a retomada da atividade econômica nos Estados Unidos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Preço de gasolina e gás de cozinha não deve ter aumento em 2012, diz Copom
Uol Notícias (15/03/2012)
Daniel Lima
Da Agência Brasil, em Brasília
 
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a projeção de que não haverá reajuste dos preços de gás de botijão e da gasolina no acumulado de 2012. De acordo com a ata da última reunião do Copom, em que a taxa básica de juros foi reduzida para 9,75% ao ano, “os choques identificados, e seus impactos, foram reavaliados de acordo com o novo conjunto de informações disponível. O cenário considerado nas simulações também levou o comitê a manter outras projeções”.
Foram mantidas também as estimativas de aumento das tarifas de telefonia fixa e de eletricidade, para o acumulado de 2012, em 1,5% e 2,3%, respectivamente. Também houve estabilidade na projeção de reajuste, construída item a item, para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados para o acumulado de 2012, que permaneceu em 4%.
Para o próximo ano, a expectativa de reajuste para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados foi reduzida para 4,5%, ante os 4,6% previstos na ata anterior. Essa projeção se baseia em modelos “que consideram, entre outras variáveis, componentes sazonais, variações cambiais, inflação de preços livres e inflação medida pelo Índice Geral de Preços [IGP]”.

Governo segura preço da gasolina até junho

Governo segura o preço da gasolina até junho
(Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/governo-segura-preco-da-gasolina-ate-junho-4357783#ixzz1pqrkNOBd)
O Globo, 19/03/12

Depois, se a pressão do mercado internacional for inevitável, tributo será reduzido
BRASÍLIA - O governo está decidido a segurar os preços da gasolina pelo menos até o fim do primeiro semestre, apesar das pressões das cotações internacionais. Se um ajuste nas refinarias for inevitável, a ordem é garantir o preço na bomba para o consumidor com a redução da Cide — tributo cobrado sobre os combustíveis.
A estratégia do Executivo agora é evitar a todo custo que qualquer oscilação de preços de combustíveis venha a causar impactos na inflação. Especialmente quando a determinação é estimular a economia com incentivos e crédito para garantir o crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), como quer a presidente Dilma Rousseff, o que, por si só, já exerce impacto sobre os preços.

Governo vê margem de corte da Cide em até 7%

Apesar da redução recente no valor da Cide que é recolhida nas refinarias, a equipe econômica calcula que ainda haja uma margem adicional de até 7%. Mas essa correção só aconteceria se as cotações internacionais disparassem a curto prazo. Cortar o tributo significa perda de arrecadação. Nos últimos 20 dias, o preço do barril de petróleo passou de US$ 100 para US$ 120, o que chamou a atenção do governo.
— Mas não parece que justifique qualquer movimento agora, considerando a política de se avaliarem os preços na descida e na subida. Se voltar aos US$ 100, não há tanta pressão — disse um integrante da equipe econômica ao GLOBO.
Reduzir a Cide neste momento não resolveria o descasamento de que reclama a Petrobras entre os preços da gasolina lá fora e no mercado interno, que hoje é calculado em 22% pelo governo. Trazidos para a ponta do lápis, os cálculos do Executivo apontam que, de 2005 até o ano passado, a estatal do petróleo não teve perdas. Ou seja, as perdas de quando os preços estiveram mais altos lá fora teriam sido compensadas pelos ganhos de quando estavam mais baixos.

Abastecimento de etanol este ano já está garantido

O governo também se assegurou de que os preços do etanol não vão pressionar o bolso do consumidor como no ano passado. O abastecimento para este ano, segundo fontes do Executivo, está garantido. Ainda que haja algum problema, o país poderia, no limite, importar.
— Na última revisão, ficou claro que temos um nível confortável para este ano. O anidro está garantido para 2012. Para o ano que vem, faremos novo monitoramento — disse esta fonte.
Uma equipe do governo acaba de concluir um monitoramento do setor do etanol. A situação teria sido tão tranquilizadora que, de quinzenal, este acompanhamento passou a ser mensal.
Segundo técnicos que participam desses grupos de trabalho, sobrou álcool anidro depois que o governo mudou a mistura da gasolina. A expectativa é que o problema estaria resolvido a curto prazo. Para os próximos três ou quatro anos, é preciso esperar os resultados das medidas anunciadas no ano passado para estimular financiamentos para a estocagem e produção do setor, por exemplo, assim como o aumento da fatia da Petrobras nas vendas de etanol.