Agência Estado,quinta-feira, 29 de março de 2012 19:13
Apesar da recente alta dos preços do petróleo no mercado internacional, o Banco Central manteve a previsão de que os preços da gasolina não devem subir nos postos brasileiros em 2012. Mais do que isso, a instituição responsável por manter o poder de compra da moeda avalia que o combustível já é, no atual preço, 50% mais caro do que nos Estados Unidos.
"Se fala muito em divergência de preço da
gasolina no Brasil e no resto do mundo. Mas se levarmos em conta que um
galão de gasolina custa em torno de US$ 4 nos EUA e que o preço do litro
está em torno de R$ 2,70 e R$ 2,80 no Brasil, o galão no Brasil
custaria cerca de US$ 6. Ou seja, cerca de 50% mais caro que nos Estados
Unidos", argumentou ontem o diretor de política econômica do Banco
Central, Carlos Hamilton Araújo.
A expectativa de preços estáveis nos combustíveis
tem perdido força. No domingo, em entrevista ao jornal O estado de S.
Paulo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou que a
presidente da Petrobras, Graça Foster, já pediu ao governo autorização
para aumentar a gasolina e o governo, que negava quase automaticamente o
pedido, diz agora que está "analisando a questão". Nos últimos anos, o
governo segurou diversas vezes o preço nas bombas para ajudar o BC no
combate à inflação.
Ainda na lista de preocupações com o
petróleo, Hamilton disse que a recente alta dos preços da commodity
compõe um "um risco importante" e pode até colocar em risco a retomada
da atividade econômica nos Estados Unidos.
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