terça-feira, 29 de março de 2011

Motitor Mercantil: Preço do petróleo altera planos da Petrobras

28/03/2011 - 21:03
Preço do petróleo altera planos da Petrobras

A recente disparada no preço do petróleo deve influenciar o novo plano de negócios da Petrobras, previsto para ser divulgado em maio. O diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, revelou nesta segunda-feira que "provavelmente" levará em conta uma cotação do barril de petróleo acima de US$ 80 para o período 2011/2015.

Ao falar sobre os Desafio e Oportunidades da Petrobras. em palestra do Instituto Brasileiro de Executivos de Finança (Ibef-RJ), Barbassa disse que a estatal possui o maior plano de investimentos de uma empresa no mundo, e que este plano é atualmente, 95% brasileiro. São 680 projetos que devem demorar até cinco anos para serem concluídos.

Parâmetro

Segundo Barbassa, a cifra de US$ 80 foi utilizada como parâmetro para o último plano, que previu investimentos de US$ 224 bilhões entre 2010 e 2014. Em meio a preços mais elevados do petróleo no mercado internacional, o executivo conta que o planejamento estratégico precisa avaliar esse novo cenário.
O ponto-chave é verificar se a trajetória de preços tende a se sustentar em alta. "Hoje a expectativa geral é que estes US$ 80 não serão mais US$ 80. Deverá ser mais do que US$ 80. O quanto mais eu não sei", disse o executivo.
Na semana passada, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, já havia sinalizado a intenção de revisar para cima o valor médio do barril. Mas nenhum dos dois executivos adiantou qual a cifra que será usada como referência para o plano 2011/2015. Barbassa pondera que o aumento de preço pode não se sustentar, mas voltar a subir daqui a dois ou três anos. "Assim, você precisa trabalhar com uma média (de preço do barril) superior", afirma.
O executivo ressalta ainda que o caixa da companhia será beneficiado caso o valor do petróleo a ser adotado no novo plano suba. Ele argumenta, entretanto, que o último planejamento estratégico não levava em conta a cessão onerosa, que dá a Petrobras a possibilidade de explorar mais de 5 milhões de barris de petróleo.

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